terça-feira, 29 de abril de 2008

O lado assustador da natureza: peixe fanfin seadevil, que vive nas profundezas do mar.

sexta-feira, 25 de abril de 2008

Taraxaco ou dente-de-leão (Fonte da imagem)

O verde que emagrece
(Fonte)
Conheça as verduras e as ervas que ajudam a perder peso e fazem bem à saúde
Verduras e ervas são um poderoso aliado de quem deseja emagrecer com saúde e sem passar fome. Cada vegetal consumido com fins terapêuticos atua de forma diferente. Uns são tônicos, outros digestivos; há os que estimulam as glândulas e os que ativam o metabolismo, sem os inconvenientes causados pelas drogas de laboratório; e existem ainda os diuréticos suaves, que auxiliam os rins a se livrarem das impurezas e dos líquidos que só servem para sobrecarregar todo o sistema orgânico. Muitas ervas aromatizantes tornam agradáveis as dietas destinadas ao emagrecimento e podem, inclusive, aliviar a compulsão de comer doce ou mesmo de tomar um lanche. Os talos angélica e aipo e as sementes de endro, funcho e girassol são muito indicados para coibir os assaltos à geladeira.Dê preferência ao consumo dos vegetais crus, pois o cozimento elimina, às vezes, até metade dos nutrientes. A exceção são as ervas destinadas especialmente ao preparo de chás. Nesse caso, a melhor forma de preparo é a infusão: deixe a água ferver, apague o fogo, acrescente a erva do chá e tampe a panela, deixando a mistura abafar. É bom lembrar que, para quem deseja emagrecer, o uso de verduras e ervas medicinais deve entrar no preparo de alimentos leves, como sopas, caldos e saladas, em substituição aos ingredientes que engordam. São muitas as ervas da medicina caseira que participam do preparo de pratos. A hortelã-pimenta, por exemplo, é quase onipresente na cozinha e faz um chá muito inicado para a má digestão. Outras como manjerona, endro, louro, alcaravia, tomilho, cominho, gerânio, salva, hissopo, cerefólio, lingústica, alecrim, trevo, erva-cidreira, estragão e atanásia têm essa dupla função: são ótimos acompanhantes de saladas e pratos leves e também atuam medicinalmente. Vejamos, agora, as verduras mais importantes de qualquer dieta:
Agrião - Rico em sais minerais, vitaminas e clorofila, é uma das plantas mais recomendadas para quem deseja quer emagrecer. A melhor forma de consumi-lo é como salada. No entanto, muitas pessoas evitam comê-lo cru por recear a contaminação por fertilizantes ou por água poluída. As soluções são simples: deixá-lo de molho por alguns minutos em água com sal, o que elimina as parasitas, ou dar preferência ao agrião orgânico, cultivado sem aditivos químicos.
Aipo - Estimulante da digestão e diurético suave, o aipo é também muito versátil. Fica bem em saladas e como acompanhante de peixes; pode ser mastigado cru para afastar o desejo de comer fora de hora; e transformado num suco que tonifica o organismo e combate o ácido úrico. É bom para quem tem propensão ao reumatismo.
Angélica - Quem quer emagrecer deve consumir sua folhas na forma de salada e tomar o chá dos talos mais tenros, que agem como estimulante geral e auxiliam a digestão. O chá também tem a reputação de criar, em quem toma, aversão a bebidas alcoólicas. Suas sementes podem ser mastigadas para aplacar o desejo por doces.
Aparinas (amor-de-hortelão) - Seu chá é tônico e depurativo. Use um punhado de folhas para cada 250ml de água e tome um copo da bebida três vezes ao dia. Aplicado em compressas, esse chá alivia queimaduras de sol. De suas sementes torradas e moídas prapara-se uma bebida que pode substituir o café, com a diferença de ter um sabor ligeiramente salgado.
Borragem - Essa erva estimula as glândulas supra-renais. Das das flores da borragem, ricas em potássio e com um sabor semelhante ao do pepino, faz-se um chá que estimula e tonifica. O filósofo grego Plínio já dizia: "Eu, borragem, faço criar coragem".
Chicória - Na forma de salada, suas folhas ajudam a emagrecer sem qualquer prejuízo para o organismo, pois contêm sais minerais valiosos.
Erva-mate - Tem ação laxativa e estimula as funções renais. É aconselhada para pessoas que sofrem de insônia ou de embotamento das funções mentais. Seu chá pode ser preparado à moda gaúcha, puro, amargo e forte, ou adoçado com mel.
Funcho - Mastigar suas sementes ajuda a combater a vontade de comer doces. Além do sabor e aroma adocicados, a erva tem propriedades digestivas e estimulam a visão.
Girassol - Suas sementes são nutritivas e ricas em fósforo. Entram na dieta como alternativa para os doces e biscoitos, mas não podem ser consumidas em grandes quantidades, pois são oleaginosas. A variedade helianthus tuberosos (perene e de flores menores) é a mais indicada para quem controla o peso.
Salsa - Rica em vitamina C e em sais minerais, é tônica e estimula todo o sistema orgânico. Largamente usada como tempero, não deve faltar à mesa de gordos nem de magros. Pode-se também tomar seu suco em pequenas doses .
Taraxaco - Suas folhas combatem a biliosidade, distúrbio hepático associado ao nervosismo e que leva as pessoas a comerem demais. Tem elevado teor de sais, cálcio, ferro, magnésio, potássio e silício. Só não são indicadas para quem tem ácido úrico em excesso ou sofre de reumatismo ou artrite. De suas raízes torradas prepara-se uma bebida que substitui o café com a vantagem de que, tomada à noite, induz ao sono repousante.
Zimbro - De seus frutos faz-se uma infusão que estimula os rins e a diurese. O zimbro atua eficazmente na eliminação de gorduras, mas seu uso só pode ser feito com acompanhamento médico - caso contrário, corre-se o risco de sofrer desequilíbrios das funções orgânicas.
Bibliografia consultada: As Ervas que Curam, de Roberto Weil (Ground)

quinta-feira, 24 de abril de 2008


Taz - o demônio da Tasmânia existe
Maria Ramos
(Fonte: Museu da Vida)

Ele vem rodopiando como um tornado, comendo tudo o que vê pela frente, seja animado ou inanimado. Popularmente conhecido como Taz, o famoso personagem mal-humorado do desenho animado, teve a sua criação inspirada nos temíveis demônios, ou diabos-da-tasmânia. Os verdadeiros demônios não rodopiam, mas de fato seu apetite é voraz, e seu temperamento difícil. Peixes, pássaros, rãs, répteis, mamíferos e até insetos: nada escapa à fome devoradora destes animais.
O Sarcophilus harrisii, nome científico do demônio-da-tasmânia, é um marsupial, ou seja, um mamífero que gera as suas crias em bolsas externas ao corpo, como os cangurus. Como o próprio nome sugere, os demônios só existem na ilha da Tasmânia, um estado da Austrália. Mas hoje, sabe-se que a espécie provavelmente vivia em todo o continente australiano, por causa dos fósseis encontrados na região.
A extinção dos demônios no continente deve ter ocorrido cerca de 600 anos antes da colonização, ou seja, da chegada dos europeus. As causas do desaparecimento ainda são desconhecidas, mas acredita-se que possa estar relacionada com a introdução do dingo, uma espécie de cão selvagem, muito mais ágil na disputa por alimentos.
Mas você deve estar se perguntando por que estes animais são chamados de “demônios”, não é mesmo? Conta a história que quando os colonizadores europeus chegaram à Tasmânia, começaram a ouvir latidos e grunhidos aterrorizantes que vinham das florestas, onde os demônios costumam se abrigar. E ao encontrarem estes animais no meio da noite, viram que tinham o pêlo preto (exceto por uma mancha branca no peito), uma boca enorme e dentes grandes e afiados. Terrível, não? Um verdadeiro demônio...
Os demônios-da-tasmânia têm uma aparência ameaçadora, principalmente quando estão em situações de estresse. Nestas circunstâncias, eles exalam um mau cheiro parecido com o de gambás. Possuem uma cabeça relativamente grande, orelhas arredondadas e um focinho pontiagudo. São caçadores noturnos e possuem audição e olfato aguçados. Durante o dia, escondem-se em cavernas, velhas tocas, arbustos ou troncos. Parecem vagarosos e desajeitados. Os mais jovens são mais ágeis, sendo capazes de escalar, nadar e correr. O tamanho dos demônios pode variar bastante, mas os maiores atingem 80 cm de comprimento e 12 kg de peso, sendo as fêmeas geralmente maiores que os machos.
Antes de partirem para uma briga, os demônios fazem uma variedade de ruídos ferozes, grunhidos e tosses severas. Um espirro afiado é usado como um desafio para outros demônios. Mas calma! Os demônios não costumam atacar pessoas, a menos que se sintam ameaçados. Em cativeiro, são normalmente dóceis.
Os demônios podem ser úteis ao manter a higiene nas áreas rurais, já que são basicamente comedores de carniça. Devido aos dentes e mandíbulas poderosos, podem comer quase toda uma carcaça, inclusive os ossos. Mas também se alimentam de presas vivas, como pequenos mamíferos e pássaros. Por isso, causam prejuízos ao homem, atacando galinhas e rebanhos de ovelhas, o que fez com que, por muito tempo, eles fossem caçados e envenenados. Hoje, muitos fazendeiros apreciam os demônios, por impedirem a proliferação de ratos.
Depois de terem corrido risco de extinção, atualmente os demônios são protegidos por lei. Eles têm uma importância muito grande para o turismo e são um ícone da vida selvagem na Tasmânia. Nos últimos anos, entretanto, uma doença chamada Tumor Facial dos Demônios tem matado a população adulta. Identificada em 1999, causa tumores em torno da boca, sendo normalmente fatal por impedir a alimentação do animal. Cerca de 65% da população foi afetada e estima-se que 20 a 50% deles possam ter morrido. O modo de contágio ou propagação da doença permanece desconhecido.

sábado, 19 de abril de 2008

Índio Tupinambá (fonte da imagem: blog Olho da Rua)


"Todo dia era dia de índio" (Jorge Benjor)

19 de abril com lucidez

Aproxima-se o dia 19 de abril e muitos estudantes são levados a pesquisarem sobre nós, indígenas do Brasil, devido à falta de material didático, capaz de transmitir aos alunos da rede pública ou particular de ensino conhecimento sobre cultura indígena.Em primeiro lugar, existe um equívoco no ensino brasileiro, expresso nos livros de História do Brasil. Lá se fala de um "Descobrimento do Brasil", quando na verdade um território foi invadido, nações inteiras foram dizimadas, milhões de pessoas mortas, em um genocídio de proporções incomparáveis em todo planeta. Aguardamos uma revisão historiográfica, a fim de que seja transmitida a verdadeira história do Brasil. Não se constrói uma nação sobre mentiras, pois assim jamais um povo se sentirá sustentado em bases sólidas. Sem raízes, não há base sobre o que se sustentar.Nesse período do ano, as escolas públicas costumam "fantasiar" os alunos de "índios", talvez pela falta de criatividade e senso crítico. Com isso, são transmitidas idéias distorcidas e fora da realidade, gerando nesses futuros adultos uma visão equivocada, que promove a segregação.Nós, Povos Autóctones, habitantes desse continente, não delimitamos ou demarcamos territórios. Cada Nação possui sua organização, umas possuem chefes, outras não. Cada Nação tem suas peculiaridades culturais, seus saberes, sua forma ímpar de lidar com a organização de sua comunidade.Entre as comunidades indígenas existe algo em comum: a forma de se relacionar com a Natureza, e com tudo que nela existe, porque acreditamos que para haver vida, é preciso cuidar do meio ambiente em que vivemos. Enquanto hoje se discute uma forma racional de consumo, tentando-se a todo custo conscientizar a população da necessidade de preservar o meio ambiente, nós, Povos Autóctones, desde pequenos lidamos com o consumo consciente. Não somos gananciosos, nem usurários, não acumulamos riquezas, por acreditarmos que devemos viver cada dia como se fosse o último, partilhando o que produzimos, sendo um corpo coletivo. E tudo que aqui existe deve ser cuidado para as futuras gerações.Nossos saberes são muitas vezes hostilizados pela sociedade, somos vistos como primitivos, porém o produto de nosso solo e nossos saberes são usados como matéria-prima pelas indústrias farmacêuticas e de cosméticos. A "verdade científica" se apropria de uma prática comunitária milenar bebendo na fonte do senso comum.Com a invasão de nossos territórios, somos obrigados até hoje a conviver com as violações que nos foram impostas pelos colonizadores: demarcação de território (impedindo-nos o direito de ir e vir); etnocídio; epistemicídio, ou seja: uma destruição de conhecimentos, idéias e culturas; genocídio (até hoje somos objetos de caça); estupro, miscigenação imposta.Ainda hoje, somos 230 etnias, e mais de 180 línguas são faladas, em todo território brasileiro, e, no entanto, insistem em usar o tempo verbal do passado, quando falam sobre nós. Descaracterizam-nos, chamando-nos de "índios", pejorativamente, como se não fôssemos humanos, mas simplesmente selvagens.Possuímos religião, moral e ética. Em nossas organizações, não existem sistemas prisionais - cadeias - para punir os que praticam atos delituosos. Vivemos em comunidade, e não em sociedade: isso não significa que não existam conflitos, mas, cada povo tem sua forma de lidar com eles, sem coação.Se hoje a maioria do nosso Povo não consegue viver dentro dos moldes da civilização ocidental foi devido a um choque de culturas. Mesmo assim continuamos resistindo para manter nossa culturas e tradições. A falta de respeito da cultura ocidental, ainda existente em relação a nós, Povos Autóctones, nos marginaliza.Deixo aqui um apelo aos pedagogos, professores: Aproximem-se de nós, conheçam a realidade do indígena hoje, transmitam aos seus pupilos uma história mais próxima da verdade, nos colocando em contato, seja nas escolas, seja nas aldeias. Assim transformaremos o dia 19 de abril na esperança de um mundo melhor, onde todos possam estar próximos, respeitando as diferenças existentes!
(Yakuy Tupinambá)

quinta-feira, 17 de abril de 2008

CORREIO DA URSA - A persistência da natureza apesar do homem - Uma árvore foi cortada e seu tronco foi usado como poste de iluminação. Depois de aparado e colocado na rua, o tronco recebeu os fios elétricos... Clique na imagem para ampliar e ler a história.

segunda-feira, 14 de abril de 2008


Histórias Tuxá - Livro preserva a linguagem oral de comunidade indígena,
Salvador, BA - 18/4 a 23/4
(Ana Porto · Salvador (BA) · 14/4/2008 - Fonte:
Overmundo)
“Quando pequenas, em noite de lua clara, nas calçadas debulhando feijão e milho e descaroçando algodão, ouvíamos nossos pais, avós e outros membros da comunidade contarem bonitas histórias que acabavam reunindo quase todas as crianças da aldeia.” Professoras Tuxá.
Símbolo da resistência para preservação de seu povo, cultura e tradições, a comunidade indígena Tuxá reúne suas memórias no livro Histórias Tuxá, dedicado às crianças da aldeia e a todos que tiverem a curiosidade de conhecer um pouco do universo Tuxá, através de uma leitura leve, divertida e permeada de valores.Habitantes do Brasil, mesmo antes da colonização, o povo Tuxá resistiu ao extermínio e à penetração pecuarista no Nordeste do País. Os Tuxá eram donos de mais de 30 ilhas no Rio São Francisco e viveram, nos últimos anos, na Ilha da Viúva, em Rodelas (BA). Mas, a construção da barragem da Hidroelétrica de Itaparica, em 1988, inundou a aldeia e os índios foram transferidos para três áreas distintas: na nova cidade de Rodelas, em Ibotirama e outra em Inajá.Na memória e na vida cotidiana dos Tuxá estão as lembranças da Ilha. Como explicam os mais velhos, lá os índios tinham suas roças, havia plantações de várzea, árvores frutíferas, hortaliças e criação de animais. Tudo que os Tuxá vivenciam hoje é, em grande parte, relacionado com as questões da inundação, principalmente, a luta atual pela sobrevivência e preservação dos costumes tradicionais entre os mais jovens. “Na profundeza das águas tem um mundo adormecido. Nosso território antigo, que jamais será esquecido. Velha aldeia onde nasci, na ilha onde me criei, também foi meu território, na memória guardarei”. Maria do Socorro, professora Tuxá.Preocupadas em não perder na memória a história da comunidade, e valorizar a tradição de seu povo, as professoras Tuxá, Aldenora Almeida e Maria do Socorro Araújo, ouviram, gravaram e transcreveram mais de 40 histórias narradas pelos mais velhos. Destas, 22 foram selecionadas para compor o livro Histórias Tuxá, coordenado pela professora Erimita Motta. “O povo Tuxá festeja esta publicação, a valorização de sua cultura e a oportunidade para suas crianças conhecerem um pouco do passado de sua etnia. Para índios e não índios é fonte de aprendizagem de nossas tradições”, afirma Erimita.“Este livro é o primeiro da seqüência de muitos outros que, com certeza, irão aparecer, pois o nosso maior desejo é ver nossa história escrita com os olhos do povo Tuxá e com a compreensão do povo Tuxá”. Professoras Tuxá.
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O lançamento do livro Histórias Tuxá será realizado em duas datas: nesta sexta-feira (18), no Centro Cultural, em Rodelas (BA), e no dia 23 de abril, em Salvador, na Biblioteca dos Barris. Em Salvador, o evento contará com a presença do Diretor Geral da Fundação Pedro Calmon, Ubiratan Castro, e da doutora em educação pela Ufba, Clélia Néri Cortes. Histórias Tuxá é uma publicação do Governo da Bahia, através do Fundo de Cultura.

sexta-feira, 11 de abril de 2008

quinta-feira, 10 de abril de 2008

Líder indígena Almir Suruí

Mapas de desmatamento da Amazônia estarão na internet
(Fonte: O Estado de SP )

Google põe serviço no ar em 2008, após líder indígena brasileiro pedir ajuda para mapear área
Jamil Chade, GENEBRA

O Google está prestes a colocar na internet, com acesso aberto, mapas detalhados da devastação na floresta Amazônica. A iniciativa surgiu após um pedido de ajuda do líder indígena Almir Suruí ao Google Earth para mapear a terra de sua tribo e, assim, protegê-la do desmatamento. A tribo fica no município de Cacoal, em Rondônia, e faz parte da Terra Indígena Sete de Setembro. Veja mais imagens captadas pelo Google Earth. Em entrevista ao Estado, a diretora dos programas do Google Earth, Rebecca Moore, disse que ainda neste ano o site terá os mapas, que ficarão disponíveis para qualquer internauta. A iniciativa deve lançar ainda mais pressão sobre o governo, já que qualquer pessoa poderá acompanhar onde a floresta está desaparecendo. Atualmente, o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), órgão ligado ao Ministério da Ciência e Tecnologia, já publica na internet imagens de satélite de desmatamento na Amazônia. Porém, elas estão “brutas”, o que pode dificultar a visualização e o entendimento pelos leigos.Tanto para a tribo dos índios suruís, de 1,2 mil habitantes, como para o Google a iniciativa é considerada “histórica”. O Google Earth é um serviço de imagens de satélite e mapas via internet acessado diariamente por milhões de pessoas.O pedido foi feito há cerca de um ano e, agora, a empresa diz estar prestes a concluir seu trabalho de mapeamento, mas não divulgou de qual satélite utilizará as imagens. “O Brasil será um local estratégico. Imagine o quanto poderia salvar em termos de florestas com essas imagens”, afirmou Rebecca.Ontem, o Google colocou no ar imagens e textos em inglês dos esforços do líder Almir Suruí em sua tribo. “Podemos ver como as terras desses indígenas estão cercadas de desmatamento”, disse Rebecca. Entre as informações no site, está a constatação de que, nos últimos cinco anos, 11 líderes indígenas na região foram assassinados. Almir, segundo o Google, estaria obstinado com a missão de salvar seu território, colocando correntes e barreiras para evitar invasões.Amanhã, o índio estará em Londres e será a estrela no anúncio do Google de seus novos projetos de mapeamento no mundo. “Almir foi escolhido como um dos 35 personagens identificados no mundo e que podem ser considerados como heróis na defesa dos direitos humanos”, disse Rebecca. A empresa, porém, afirma que não vai se limitar a colaborar só com Almir Suruí. “Temos um número importante de organizações não-governamentais (ONGs) nos procurando para saber como podem mapear áreas na floresta para fortalecer o controle e evitar o corte das árvores. Estamos estudando uma série de projetos nesse sentido”, afirmou a executiva.Questionada se o governo brasileiro já havia sido consultado sobre a divulgação das novas imagens, Rebecca evitou responder. “Não posso falar ainda muito sobre isso. Mas tenho certeza de que todos ficarão impressionados com o que verão.” O Google ainda pretende adicionar palavras na língua falada pelos integrantes da tribo nas ferramentas de busca da empresa americana. Mas Almir Suruí diz que não vai fornecer ao Google informações sobre como utilizar os recursos da floresta para curar doenças.

quarta-feira, 9 de abril de 2008

Árvore do dragão com mais de 1000 anos. Esta é situada em Icod de los vinos, província de Santa Cruz de Tenerife, Ilhas Canárias, Espanha. (Fonte)

Árvore do dragão

Dracaena cinnabari, conhecida como árvore-do-dragão, é uma espécie típica da ilha de Soqotra, no Iêmen. Ela cresce com mais vigor em áreas com neblinas, nuvens baixas e garoas das monções, mas está sofrendo com um clima cada vez mais seco e aparece na lista como vulnerável (extinção )

segunda-feira, 7 de abril de 2008

Cachos maduros do jerivá
Cachos verdes do jerivá

Jerivá ou Coqueiro-gerivá
(Fonte: Wikipédia) (Tópico em resposta a pedido de Vanessa, na caixinha de recados da Floresta)

Jerivá e coquinho são dois nomes vulgares do Syagrus romanzoffiana, uma palmeira nativa da Mata Atlântica no Brasil, mas que pode ser encontrada em diferentes tipos de florestas, como restinga, floresta ombrófila densa, floresta estacional semidecidual, mata ciliar, mata paludosa, floresta estacional decidual, cerrado.
Também é chamado de baba-de-boi, coco catarro, coqueiro, coqueiro-gerivá, gerivá, coquinho ou jeribá.
É da família Palmae, a fruta, amarela, que é ovalada, não passa de 3 centímetros na sua parte maior, tanto que são cerca de 100 unidades por quilo, chegando à produzir cerca de 140 kg. A parte externa, carnosa, é composta de uma mucilagem adocicada muito apreciada por algumas animais, como papagaios e maritacas, ou mesmo pelo humano principalmente a criançada, sendo uma lembrança comum aos interioranos, a quebra destes coquinhos batendo com pedras, para alcançar as suas amêndoas. Floresce e frutifica em diferentes meses do ano, dependendo da região em que se encontra. Internamente possui uma pequena castanha bem parecida com a do coco-da-baía. A semente germina em cerca de 100 a 150 dias, tendo um potencial de germinação de 50 a 79%. A folha tem a forma perenifólia e é usada como ração para o gado. A árvore fornece também o palmito para alimentação humana.A madeira foi (ainda é) muito usada nas construções rurais como por exemplo o madeiramento de telhados, é utilizado para paisagismo ornamental e também para fazer reflorestamentos em áreas degradadas, preservação permanente, plantios mistos. Tem um crescimento moderado, com uma altura média de 10 a 12 metros (chegando a ter mais de 15 metros), alguns exemplares até mais e de 30-60 centímetros de espessura. Possui grande resistência no transplante, mesmo quando adulta. Pode ser encontrado em vários estados do Brasil, como: Espírito Santo, Goiás, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais, Paraná, Rio Grande do Sul, Rio de Janeiro, Santa Catarina e São Paulo.
Classificação científica - Reino: Plantae; Família: Palmae; Género: Syagrus; Espécie: S. romanzoffiana. Nome binomial: Syagrus romanzoffiana. Dispersão: zoocórica. Sinônima botânica: Arecastrum romanzoffianum; Cocos romanzoffiana; Cocus plumosa.

sábado, 5 de abril de 2008

Melodias Indígenas para Flauta-de-Pã - O missionário salesiano Padre Eduardo Lagório registrou motivos musicais dos índios do Rio Uaupés, no noroeste do Amazonas. Nesta região vivem índios das etnias Tukano, Desana, Tariana, entre outras. (Para conhecer outras melodias tocadas em flautas-de-Pã, que foram publicadas no livro "A civilização indígena do Uaupés", de Alcionilio Brüzzi Alves da Silva, clique AQUI)

Flauta de Pã, índios Pareci, Mato Grosso

A Origem das Flautas Sagradas, índios Tukano Hausirõ Porã
(Fonte das informações: Boletim Iandé de março/08)

No começo do mundo, todos os instrumentos musicais faziam parte do corpo de Bisiu, um ancestral dos índios Tukano. Quando Bisiu subiu para o Universo, levou os instrumentos e a terra ficou em silêncio.
Demorou muito tempo até que os índios encontrassem outros instrumentos musicais. Um dia, as filhas do líder da aldeia encontraram uma palmeira e pediram ao pai que cortasse um pedaço da árvore para elas usarem na cozinha.
O pai encontrou a palmeira e notou que ela era feita de pedra. Era uma árvore alta, que subia até o Universo. Ele percebeu que aquela árvore serviria para fabricar as flautas sagradas miriãporã.
Com a ajuda de um esquilo que cortou os galhos da árvore, o índio fez um conjunto de flautas de diversos tamanhos e as escondeu na beira do rio. Chegando em casa disse a seu filho caçula que fosse à noite até o rio, se purificasse e aprendesse a tocar as flautas.
Porém as filhas ouviram as instruções do pai.
À noite, aproveitando que o filho caçula dormiu demais, elas foram até o rio. As flautas tentaram fugir mas não conseguiram. As filhas tentaram tocar de qualquer jeito. Usaram a boca, o umbigo, os seios e até a vagina, mas não saiu som. A alma das flautas, que era o Uirapuru, saiu de dentro delas e foi embora. Por isso que hoje as flautas têm de ser sopradas, do contrário elas tocariam sozinhas.
Um peixe ensinou às índias como tocar as flautas. E as mulheres passaram a dominar o Universo.
As mulheres porém tocavam as flautas sagradas a qualquer hora, e não somente nas ocasiões especiais. Então os homens misturaram umas pimentas bem fortes e construíram outras flautas com elas. O som destas novas flautas era vibrante, forte como as pimentas. Os homens entraram no local onde as mulheres estavam festejando e tocaram as flautas apimentadas. Na mesma hora as mulheres caíram desmaiadas e os homens retomaram as flautas sagradas.

Para saber mais: - Dahsea Hausirõ Porã ukushe wiophesase merã bueri turi: Mitologia sagradas dos Tukano Hausirõ Porã (Coleção Narradores Indígenas do Rio Negro, volume 5); por Ñahuri e Kumarõ
Levantamento mostra que dez capitais brasileiras devem estar em alerta com os surtos de dengue.
(Texto: Amanda Cieglinski - Fonte Agência Brasil. Publicado em 03/04/08 - Fonte: Saúde em Movimento )

Além do Rio de Janeiro, outras dez capitais devem estar em alerta para um possível surto de dengue segundo o Levantamento de Índice Rápido de Infestação por Aedes aegypti (Liraa), do Ministério da Saúde. Em outras duas capitais, Porto Velho (RO) e Salvador (BA), a situação é mais grave e é classificada pelo relatório como risco de surto. O levantamento apurou a infestação do mosquito em 171 municípios que possuem maior risco de proliferação. O resultado foi divulgado em novembro de 2007 para que cada localidade aplicasse medidas preventivas.
As capitais em estado de alerta são Manaus (AM), Belém (PA), Palmas (TO), Maceió (AL), Fortaleza (CE), João Pessoa (PB), São Luiz (MA), Recife (PE), Aracaju (SE) e Vitória (ES).
Em Fortaleza, o secretário municipal de saúde, Odorico Monteiro de Andrade, já transferiu seu gabinete para o Centro de Controle de Endemias da cidade. "A secretaria está muito preocupada, nós consideramos a situação pré-epidêmica e estamos trabalhando para manter o controle e, na pior das hipóteses, se houver epidemia, que nós tenhamos um controle sobre ela", disse.Em 2008 foram registrados em Fortaleza cerca de 2.150 casos de dengue, com sete óbitos ainda em investigação. Andrade afirmou que o trabalho está sendo realizado em dois eixos: prevenção - com a ação de 1.150 agentes de endemia para eliminar criadouros do mosquito - e manejo clínico de casos de dengue."Estamos fazendo um esforço importante de treinamento e capacitação de funcionários da saúde para fazer um diagnóstico diferencial entre a virose dengue e a não-dengue. Com isso a gente pode tratar adequadamente [os doentes] e evitar óbitos". Segundo o secretário, o combate à doença acontece durante todo o ano e é intensificado no inverno.Em Manaus, até ontem, foram registrados 3.789 casos suspeitos - o número já ultrapassa os contabilizados no ano passado. Desses, 1.428 já foram confirmados, sendo 63 de dengue hemorrágica, com 5 mortes. Para a diretora de epidemiologia e ambiente do município, Leila Brasil, o quadro ainda não configura epidemia, mas a Fundação de Vigilância de Saúde de Manaus, em parceria com a secretaria estadual de saúde, já trabalha na Operação de Impacto de Combate à Dengue.Segundo Leila, nas últimas semanas, os registros diminuíram e a população está mais sensível à necessidade de eliminar os focos de reprodução do Aedes aegypti. "Já fizemos várias passeatas em distritos que tinham alta densidade de mosquito, entregando material com informações sobre a dengue e alertando a população", contou. O ministro da Saúde, José Gomes Temporão, disse hoje (2) pela manhã que alguns estados merecerão atenção especial durante todo o ano de 2008 para evitar situações semelhantes à ocorrida no Rio de Janeiro esse ano. "Na Região Norte a nossa preocupação são com os estados do Pará, Rondônia e Amazonas. No Nordeste, a Bahia, o Rio Grande do Norte e Sergipe", enumerou. De acordo com Temporão, esses estados apresentam um número maior de casos em 2008, mas em termos quantitativos, a situação no Rio de Janeiro é muito mais grave. "No Rio você tem 50 mil casos e algumas centenas em outros estados", comparou.

sexta-feira, 4 de abril de 2008

Jacaré-açu - Berço único do jacaré-açu, a Bacia Amazônica, maior área hidrográfica do mundo, também abriga espécies como jacaretinga, jacaré-do-papo-amarelo, jacarepaguá e jacaré-coroa. (Fonte da legenda e da imagem)

Amazonas apreende carne de jacaré em reserva ambiental
(Fonte:
Folha de SP, Ambiente - 02/04/08)
O Ipaam (Instituto de Proteção Ambiental do Amazonas) apreendeu ontem 7,8 toneladas de carne de jacaré da Reserva de Desenvolvimento Sustentável Piagaçu-Purus. A carne, que equivale à de 740 animais de duas espécies conhecidas localmente como açu e tinga, seria ilegalmente comercializada no Pará. O Ipaam localizou quatro comerciantes que fariam a venda ilegal da carne. Na reserva não há plano de manejo para a exploração da carne de jacaré. Foram aplicadas multas que totalizam R$ 204 mil. A operação tinha como objetivo fiscalizar a exploração e transporte ilegais de madeira da reserva. Além da carne, a operação apreendeu aproximadamente 240 toras de madeira de lei.

quarta-feira, 2 de abril de 2008

CLICK ÁRVORE: Nesse site, cada click representa uma árvore paga pelos colaboradores e plantada em áreas da Mata Atlântica.

Recuperação Florestal (informações extraídas do site
Click Árvore)
Para que consigamos recompor da maneira mais próxima possível do ecossistema original, é necessário ser feita uma seleção especifica de mudas de acordo com a região a ser reflorestada e espalhar estas mudas da forma mais homogênea possível. Cabe lembrar que uma floresta tropical e sua biodiversidade são o resultado de milhares de espécies evoluindo em um complexo equilíbrio durante milhões de anos. Ao auxiliarmos ou, dentro do possível, acelerarmos a recuperação de uma floresta nativa, sua plena recomposição depende de uma série de fatores dos quais não temos controle, como a migração e o re-aparecimento de determinadas espécies de fauna, flora e microorganismos. O melhor que podemos fazer é proteger a área de florestas naturais existentes para que estas auxiliem no processo de restauração da dinâmica natural das áreas reflorestadas.
Isto não quer dizer que estas árvores, plantadas em locais estratégicos, não estarão prestando inúmeros outros serviços de vital importância para a recomposição ambiental, como a manutenção da fertilidade dos solos, a re-conexão de ilhas de vegetação isoladas (amenizando problemas de consangüinidade e permitindo a colonização de outras regiões por certas espécies), além da a melhoria da qualidade das águas, a estabilização da superfície e melhoria da qualidade dos solos, entre muitos outros.