Os rios e a diversidade de aves na Amazônia (Fonte das informações)
Cursos d'água são estratégicos para conservação dessas espécies, defende artigo
Os rios exercem importante influência sobre a diversidade de espécies de aves na Amazônia. Hábitats criados por rios -- como matas de várzea, igapós e vegetações flutuantes - abrigam cerca de 15% da avifauna regional. Muitas espécies aparentadas ocorrem em margens opostas dos grandes rios amazônicos, sugerindo que os cursos d'água tiveram um papel relevante na origem das aves atuais da região. Devido a essa condição, de delimitadores da distribuição geográfica de aves, os rios devem ser considerados nas estratégias de conservação da biodiversidade amazônica.
A Amazônia é celebrada como a região de maior diversidade de aves do mundo. No Peru, por exemplo, em uma área de 100 hectares (ha) de mata foram registradas 245 espécies de aves, o que equivale a cerca de 30% de toda a avifauna da América do Norte! Essa incrível diversidade gerou duas questões complexas, que há décadas desafiam os especialistas em biodiversidade na Amazônia: como tantas espécies se formaram e como é mantida essa diversidade tão elevada?
Os rios da Amazônia têm uma importância enorme na interpretação dos padrões de diversidade de aves na região, tanto no aspecto ecológico quanto no histórico. Ali são encontrados os maiores rios do mundo, que movimentam imensos volumes de água: a quantidade de água que passa pelo canal do rio Negro nas proximidades de Manaus, por exemplo, é maior que a de todos os rios da Europa reunidos.
As águas dos rios amazônicos apresentam cores que vão do 'café com leite' do rio Solimões ao 'cor de coca-cola' do rio Negro, além de águas mais claras, como as do rio Tapajós. Também ocorrem na região grandes variações no nível das águas fluviais entre os períodos de seca e cheia. Todas essas características fazem da bacia amazônica um dos sistemas hidrográficos mais complexos do mundo.
A dinâmica dos rios amazônicos é diretamente responsável pela criação de uma grande variedade de hábitats. Nas margens de rios de águas barrentas, como o Solimões, são observados emaranhados de vegetação flutuante, compostos por muitas espécies, principalmente gramíneas e aguapés.
Já as planícies inundadas na época das cheias são ocupadas por vegetação arbustiva e árborea -- na área mais próxima das margens a vegetação é mais arbustiva e aberta. À medida que a distância para o canal do rio aumenta, a vegetação passa a ser florestal, dominada por árvores de grande porte, como a sumaúma (Ceiba pentandra) e o macucu-do-igapó (Aldina latifolia), que podem alcançar mais de 40 m de altura.
Praias extensas e áreas de fundo rochoso (chamadas de 'pedrais' e só vistas na época da seca) são elementos importantes da paisagem dos rios da Amazônia , principalmente em rios de água preta, como o Negro, e clara, como o Tapajós. A diferença entre os níveis da água na cheia e na seca pode superar 15 m, dependendo do relevo local, e alguns trechos podem ficar submersos de seis a 10 meses.
quarta-feira, 5 de outubro de 2005
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2 comentários:
UM BEIJÃO na URSA !!!!
JÔKA demora, tarda ....
mas não falha, filha !!!
SMACK !!!
Beijos urbanos !!!
:)
JÔKA P.
Jôka, a grande vantagem da floresta é que ela fica aberta 24 horas, que nem os caixas eletrônicos (risos). Beijos também e carinho da Ursa para você!!
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