segunda-feira, 17 de outubro de 2005

Rio Amazonas (Fonte da imagem)

Lenda do Rio Amazonas (Fonte)
Tupã, o maior dos deuses, desejava criar o mundo e os homens... mas era impedido pelo Sol, que amava a Lua com amor tão ardente que queimava tudo à sua volta. Tupã não teve pois outro remédio senão separa-los. A Lua, infeliz, chorou copiosamente. Suas lágrimas, tão doces e abundantes que eram, formaram imensa torrente sobre a Terra, separada das águas do mar, assim nascendo o Amazonas.
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Muitas outras lendas como estas relatam a origem da noite, das estrelas, da sucuri ou cobra-grande e outros tantos mistérios da natureza que despertavam a imaginação dos índios. A simples observação dessas curiosas narrativas pode ser suficiente para nos dar conta da atitude do indígena perante a natureza, profundamente diferente daquela que Sioli, muito justificadamente aponta como característica deplorável de nossa cultura européia, basicamente helenística, introduzida na América pelos conquistadores. O índio – tal como a maior parte das culturas orientais tradicionais, como a chinesa – considera-se parte integrante da natureza e não seu proprietário. Se ele mata animais para seu sustento, procede parcimoniosamente, não destruindo mais do que pode comer e, sempre, preservando sua reprodução; se derruba a mata para o plantio de suas roças fá-lo, sempre, em áreas restritas, sem remover os tocos remanescentes do desmatamento, de modo que estes, ainda vivos, rebrotem e cresçam novamente quando, três ou quatro anos depois, essa roça é abandonada à procura de novos locais para implantação da aldeia. Nada é definitivo, nenhuma ação modificadora do meio é irreversível. A terra é considerada sagrada pelo índio não apenas por receber seus mortos, mas principalmente por conservar sua vida.

5 comentários:

Jôka P. disse...

Se o homem branco também pensasse como o índio, o planeta não estaria sendo detonado...
Nem sei porque usam a expressão "Programa de índio" pra falar de programas chatíssimos...
??????
!!!!!!
Bela foto.
bjs,
JÔKA P.

Angela Ursa disse...

Querido Jôka, você está certíssimo! Os homens brancos precisavam seguir o exemplo dos índios que verdadeiramente amam o nosso planeta e cuidam dele. Beijos e carinho da Ursa :))

Anônimo disse...

Essa comunhão com o natural me encanta no modo de ser indígena.
Deviamos aprender com eles: somos parte de um todo e esse todo deve ser respeitado.
Beijos, :).

Lia Noronha disse...

Ursa: que linda história...da fusão enter o amor e a esperança,dando origem a uma nascente natural!
Boa noite de segunda nesta Floresta onde a magia da natureza envolve intensamente a quem a visita!
beijos carinhosos.

Angela Ursa disse...

Amigas nanbiquara e Lia, não é por acaso que se diz que a natureza é muito sábia. A gente tem muito o que aprender com ela. Beijos!