sábado, 28 de janeiro de 2006

Faixas no portão central da Aracruz Celulose (imagem publicada em 18/10/2005 no site IMC Brazil)

Thomaz Bastos tenta se redimir de omissão e enviacomissão para impedir mais violência contra índios
(Flávia Bernardes) (trecho de matéria publicada no site seculodiario.com, indicado pela amiga
Daia do blog A Vida Pode Ser Maravilhosa)
Uma comissão enviada pelo ministro da Justiça, Márcio Thomaz Bastos, chegou ao Estado nesta sexta-feira (27) para tentar evitar um novo conflito entre a Aracruz Celulose e os índios Tupinikim e Guarani do Estado. A decisão foi considerada uma tentativa de desfazer a má impressão causada pela omissão de Thomaz Bastos no episódio de sexta-feira passada (20), quando a Polícia Federal atacou com violência duas aldeias indígenas em Aracruz. A comissão foi enviada depois de um pedido formal da deputada Iriny Lopes, presidente da Comissão de Direitos Humanos da Câmara Federal. A deputada relatou, por meio de um ofício enviado nesta quinta-feira (26) ao Ministério da Justiça, o que classificou como "inequívoca ação violenta da Polícia Federal na última sexta-feira (20)", destacando ainda a relação promíscua entre a Polícia Federal e a Aracruz Celulose. A deputada alertou ainda para o perigo de um novo conflito depois da decisão do desembargador Carreira Alvim do TRF 2º Região, confirmando a reintegração de posse das aldeias de Córrego D'Ouro e Olho D'Água.Os índios confirmaram que vão voltar às aldeias destruídas para, com a ajuda de estudantes e de membros do Movimento Sem Terra, reconstruir o que foi destruído pela Polícia Federal e pela Aracruz Celulose.A deputada falou também sobre a forma truculenta com que a Polícia Federal agiu contra a comunidade indígena, afirmando que a Aracruz Celulose teve participação direta na operação e lembrando que o Ministério da Justiça reconheceu o estudo antropológico que confirma serem dos índios os 11.009 hectares ocupados pela Aracruz, faltando apenas a emissão de uma portaria para que os índios tenham suas terras de volta.

2 comentários:

Lia Noronha disse...

Ursa:nem acreditamos no que está escrito...o absurdo é tanto!
beijos bem carinhosos.

Angela Ursa disse...

Amiga Lia, você tem razão. Custa a acreditar que em pleno século XXI ainda ocorra esse tipo de coisa. Beijos da Ursa