sábado, 20 de maio de 2006

Índio Mehinaku prepara seu urucum, raspando as sementes em movimento circular em cima de uma esteira (Foto: Maureen Bisilliat - Estadão)
Índio Kamayurá (Foto: Juliano Serra )

Deu no Tupiniquim:

Estudo mostra que rios do Xingu sofrem contaminação
(Da Redação - Diário de Cuiabá )
Índios do Parque Nacional do Xingu, localizado no nordeste de Mato Grosso, podem adoecer em virtude do consumo das águas da região que estão contaminadas com dejetos orgânicos. Um estudo elaborado pelo Departamento de Antropologia da universidade americana de Vanderbilt, entre junho e julho de 2005, mostrou que no líquido há fezes humanas e de animais, com a presença de um nível acima do normal do microorganismo Escherichia coli. Alguns povos já denunciaram casos de intoxicação com o uso da água, de acordo com o depoimento do responsável pelo estudo, Thomas Gregor, em matéria publicada no site do Instituto Sócio Ambiental. “Os Mehinaku já deixaram de usar a água do rio e estão apelando para poços artesianos. Outros grupos da região estão fazendo o mesmo”, advertiu Gregor, ressaltando que os resultados do trabalho ainda são preliminares, que mas foram obtidos com testes que identificam níveis mínimos de contaminação. No Xingu, vivem aproximadamente cinco mil índios, de 14 etnias diferentes. A pesquisa foi encomendada pelo Projeto de Manejo Integrado de Bioversidade Aquática e dos Recursos Hídricos da Amazônia (Aquabio) do Ministério do Meio Ambiente para descobrir a presença de agrotóxico e fertilizantes químicos nas águas. Dentre os rios pesquisados está o Culiseu, uma dos afluentes formadores do rio Xingu, nas proximidades das aldeias Uyaipyukun e Utnawa, do povo Mehinaku. Segundo o pesquisador, o problema deve estar sendo causado pelos dejetos jogados nos rios das cidades que ficam ao redor do Parque e pelo livre acesso do gado aos cursos d´água locais. Gregor também acredita também que é grande a possibilidade de contaminação por agrotóxicos em virtude do uso intensivo da substância nas fazendas próximas e pelo tipo de inclinação do terreno na região. O pesquisador lembrou que a população indígena da região é extremamente vulnerável a uma possível queda na qualidade da água por consumí-la diretamente, usá-la no preparo da maior parte de seus alimentos e comer muito peixe.

8 comentários:

Matilda Penna disse...

E as águas poluídas, que tristeza...
E adorei saber um pouco mais de você, no post abaixo.
E adoro beija-flores, muito!
Beijos e bom domingo, :).

Angela Ursa disse...

Nanbiquara, quem polui não pensa que a água é fundamental para a vida de muitos e que a natureza não tem poder mágico de regeneração. Beijos da Ursa!

Anônimo disse...

Querida, estou de volta!
Passei aqui pra me reciclar em contato com a natureza...
Te deixo um beijo grande.

Angela Ursa disse...

Querida Beth, que bela surpresa a sua visita!! Fico muito feliz com a sua volta. Beijos carinhosos da Ursa! :))

Anônimo disse...

Angela,
ultimamente ando me preocupando mais com a questão da água. Quando tomo banho, escovo os dentes ou lavo um copo.
Vai valer ouro daqui uns anos. Mas o "serumano" não se conscientiza fácil, né. Beijão

Daia disse...

Oi, amiga.
A água de má qualidade é responsável pela morte diária de milhares de pessoas ao redor do mundo.
Será que é possível que o ser humano seja tão burro que chegue ao ponto de se autodestruir?
Beijos.:)

Anônimo disse...

Angela querida, li a listinha abaixo e me indentifiquei em tantos gostos,rss
Tamanha poluição, enorme devastação, até quando né?
linda semana minha querida,
beijossssssssss

Angela Ursa disse...

Gená e Daia, é autodestruição sim. E além disso, a ânsia de lucro, poder de quem polui mostra uma frieza e uma burrice extremas, porque realmente ninguém vive sem água. Beijos!

Márcia Clarinha, será que essa identificação não tem a ver com o nosso signo de Peixes? :)) Beijos carinhosos!