segunda-feira, 22 de maio de 2006

Peça: Cinto de Sementes Decorado - Nome Indígena: Katami Kahxapu - Material: sementes de maramará, feito por índios: Wai Wailocal: Pará

Respeito (Fonte: site Iandé Arte com História )
"Se achamos que o nosso objetivo aqui, na nossa rápida passagem pela terra é acumular riquezas, então não temos nada a aprender com os índios. Mas se acreditarmos que o ideal é o equilíbrio do homem dentro da sua própria família, e dentro de sua comunidade, então os índios têm lições extraordinárias para nos dar." (Claudio Villas-Bôas ; sertanista)


"O índio estacionou no tempo e no espaço. O mesmo arco que ele faz hoje, seus antepassados faziam há mil anos. Se eles pararam nesse sentido, evoluíram quanto ao comportamento do homem dentro da sociedade. O índio em sua tribo tem um lugar estável e tranquilo. É totalmente livre, sem precisar dar satisfações de seus atos a quem quer que seja. Toda a estabilidade tribal, toda a coesão, está assentada num mundo mítico. Que diferença enorme entre as duas humanidades: uma tranquila, onde o homem é dono de todos os seus atos. Outra, uma sociedade em explosão, onde é preciso um aparato, um sistema repressivo para poder manter a ordem e a paz dentro da sociedade." (Orlando Villas-Bôas ; sertanista)

"...há também o grave problema do relacionamento entre os índio e o elemento humano vindo de fora, isto é, o civilizado. De que forma se poderia conciliar as duas sociedades ? Uma estável, ajustada ao meio, equilibrada, apoiada em padrões culturais bem definidos; e outra adventícia, desordenada, que chega para transformar florestas em pastagens e cujos membros não mantém entre si nenhum vínculo, exceto o mesmo e constante propósito de obter lucros." (Orlando Villas-Bôas ; sertanista)

Pensamento Indígena
"Queremos que a floresta permaneça silenciosa, que o céu continue claro, que a escuridão da noite caia realmente e que se possam ver as estrelas. As terras dos brancos estão contaminadas, estão cobertas de uma fumaça-epidemia xawara que se estendeu muito alto no peito do céu. Essa fumaça se dirige para nós, mas ainda não chega lá, pois o espírito celeste Hutukarari a repele ainda, sem descanso. Acima de nossa floresta o céu ainda é claro, pois não faz muito tempo que os brancos se aproximaram de nós. Mas bem mais tarde, quando eu estiver morto, talvez essa fumaça aumente a ponto de estender a escuridão sobre a terra e de apagar o sol. Os brancos nunca pensam nessas coisas que os xamãs conhecem, é por isso que eles não têm medo. Seu pensamento está cheio de esquecimento. Eles continuam a fixá-lo sem descanso em suas mercadorias, como se fossem suas namoradas." (Davi Yanomami ; pajé e líder do povo Yanomami)

3 comentários:

Anônimo disse...

Bom dia.....

E como ele está certo.......esse povo nos remete ao interior....nosso interior....sem essa preocupação de concorrencia....
Boa semana....
Bjs....

Matilda Penna disse...

O pensamento do Davi Yanomami é bonito, só que os brancos nunca pensam nas coisas que os xamãs conhecem porque a cultura é outra e os conhecimentos também.
Beijos, :).

Angela Ursa disse...

Diana e Nanbiquara, a ânsia por poder e lucro tem levado à perda de valores importantes. Beijos da Ursa!