sexta-feira, 6 de maio de 2011

Breu-branco
(Fonte: site Natura Ekos)

O breu-branco é uma resina de odor natural agradável e fresco, que nasce do cerne do tronco de uma árvore da Floresta Amazônica. Seu tronco é fino, em comparação ao das grandes árvores da floresta; porém, pode crescer tanto quanto elas.

A árvore expele esta resina naturalmente pelo tronco, como forma de autoproteção, quando é danificada ou picada por um inseto da mata. No princípio o breu tem cor branca e brilhante, lembrando um mineral. Com o tempo, solidifica-se, formando uma massa dura, esbranquiçada e cinzenta, ou cinza-esverdeada, bastante quebradiça e facilmente inflamável.

O breu-branco tem vários usos na região. Por exemplo, na comunidade do Iratapuru, o principal uso é como ingrediente para a calafetação de canoas. Também é usado como defumador e incenso em rituais religiosos e combustor para o fogo (para ajudar a acender o fogão a lenha, por exemplo).

Responsabilidade Socioambiental

O conhecimento tradicional associado ao breu-branco foi acessado por Natura Ekos na Comunidade do Iratapuru na RDS do Iratapuru localizada no Amapá, em Laranjal do Jari, estado do Amapá, e na Associação das Erveiras e Erveiros do Ver-o-Peso, em Belém do Pará.

O breu-branco usado nos produtos é extraído na Comunidade do Iratapuru na RDS do Iratapuru, através do manejo florestal não madeireiro certificado pelo FSC (Conselho de Manejo Florestal). A coleta do breu-branco é simples, mas saber reconhecê-lo no meio da mata é essencial. Só se encontra em mata fechada de regiões acidentadas. Existem vários tipos de breu-branco, e só quem conhece bem o identifica. Seu cheiro se espalha pela mata e nos guia até sua árvore. Ao encontrá-la, já podemos ver o reflexo claro da resina no tronco, semelhante a uma pedra bruta incrustada na madeira.

A resina pode ser retirada do tronco com as mãos ou com a ajuda de um facão, sem danificar ou prejudicar a planta, pois não é preciso tirar a casca da árvore, ou cortar galhos, nem fazer vincos. Esta resina é retirada da árvore e dela produz-se um extrato aromático.

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