sexta-feira, 23 de setembro de 2005


Índio e habitação nanbiquara

História no universo dos Nambiquara do cerrado (1942 – 1968)
(Trecho extraído desta
Fonte: Consiste de uma Dissertação de Mestrado no mês de Dezembro de 2000 ao programa de pós–graduação em História do Instituto de Ciências Humanas e Sociais, da Universidade Federal de Mato Grosso, sob orientação da Profª Dra. Joana Aparecida Fernandez Silva.)

Os Nambiquara vivem, atualmente, na Chapada dos Parecis, entre os afluentes dos rios Juruena e Guaporé, as cabeceiras dos rios Ji-Paraná e Roosevelt, abrangendo oeste de Mata Grosso e o sul de Rondônia. Antes do contato com as frentes expansionistas, dividiam-se em mais de 30 grupos locais, que correspondem a unidades interdependentes.Genericamente empregado, o termo nambiquara, de origem do Tupi-Guarani, engloba todos os grupos habitantes das três áreas que compõe o seu território: Será do Norte, Chapada dos Parecis e Vale do Guaporé.Este estudo tem por objetivo analisar, no período de 1942-1968, a ocupação das terras pertencentes ao Nambiquara, da Chapada dos Parecis, a partir da chegada dos seringueiros, movimento que fez parte do processo de expansão da fronteira oeste de Mato Grosso, sob a perspectiva Nambiquara.Os suportes documentais são as fontes orais obtidas em entrevistas com os grupos Nambiquara, da Chapada dos Parecis (ou do Cerrado): Kithaulhu, Sawentesu, Wakalitesu e Halotesu, realizadas durante os trabalho de campo. Através das entrevistas e dos relatos daqueles que partilham vivencias e lembranças comuns a partir da chegada dos seringueiros, observando a natureza coletiva da memória, foi possível reconstruir os registros históricos da sociedade Nambiquara naquela época, entendendo-se como os próprios condutores políticos dede sua história. Portanto, as fontes orais na medida do possível, foram associadas às fontes escritas, como uma metodologia aplicada à abordagem históricas da passagem dos seringueiros em território tradicionalmente ocupados pelos Nambiquara do Cerrado, procurando analisa-las de maneira que possa trazer á luz as informações fornecidas pelo próprio personagem desta história. O marco inicial, 9142, indica a chegada dos seringueiros à região da Chapada dos Parecis, atingindo os grupos Nambiquaras do Cerrado – Wakalitesu, Halotesu, Sawentesu e Kithaulhu. O marco final, 1968, data a demarcação da então denominada Reserva Indígena Nambiquara, hoje denominada Terra Indígena Nambiquara, efetuada pela fundação nacional do Índio (FUNAI), órgão indigenista oficial com o intuito de transferir os grupos Nambiquaras do Vale do Guaporé para a área do cerrado, habitat tradicional dos grupos acima citados.

5 comentários:

Anônimo disse...

A oca nambiquara é linda, parece ser fresca no verão e quente no inverno.
E o cabelo do irmão nambiquara é lindo.
E, pensando bem, esse penteado não é igual ao de muitas crianças pequenas brasileiras?
Obrigada, Angela Ursa, por esse post, por trazer sempre novidades sobre o povo indígena, por ajudar a conhecer essa parte de nós, do Brasil, da qual sabemos pouco.
Beijos e nambiquara é o seu blog, por ter sempre uma fala esperta e inteligente.
Fiquei alegre com esse post, :).

Anônimo disse...

Bom dia....

Ô D. Ursa...sempre se encher os olhos........de nos presentear com conhecimentos.....
Obrigada....
Bjs....

Anônimo disse...

Olá, estou sempre vindo aqui, mas , me desculpe, nem sempre comento,mea culpa... Adoro ouvir o canto do Uirapuru, deixo sua página um tempão só pra ficar ouvindo... Sem contar o tanto que aprendo. Um grande beijo pra você.

Jôka P. disse...

Renata-TAIA !!!
LADY DIANA !!!
NAMBI !!!
Índia Ursinha !!!
Olha só quanta moça bonita aqui !!!
Vou sentar no chão da mata pra ver essa floresta tão florida !!!
:)
JÔKA P.

Angela Ursa disse...

Amiga nanbiquara, este post foi feito mesmo em homenagem à sua tribo :)) Que bom que você gostou! E obrigada por explicar o significado da palavra nanbiquara e dizer que a floresta é nanbiquara! Beijo da Ursa

Diana, só cheguei hoje aqui à noite. Por isso, respondo seu bom dia com boa noite! A casa é sua! Beijo!

Olá, Renata! Fique à vontade, viu? Se não quiser escrever comentário, não tem problema. Mas a Ursa agradece as suas visitas! Servida a um chá? :)) Beijo!

Amigo Jôka, foi você que uniu todas nós através da sua Av. Copacabana :)) Agradeço muito por vc ter me apresentado tantas pessoas amigas. A floresta está muito alegre mesmo. A Ursa preparou chá e bolinhos de mandioca para todos! Beijos!!