sexta-feira, 17 de março de 2006

Do cesto de histórias da Ursa (criadas na antiga Floresta do outro lado do rio)

Ursa Sentada e a história que fugiu
Puf ! Puf ! Ocês devem estar perguntando por que a Ursa não tem mais contado as histórias que acontecem com ela. A Ursa vai explicá agora. Para contar estas histórias, a índia precisa acender uma fogueira e começar a ver os sinais de fumaça que a fogueira escreve. O homem branco não usa a fumaça. Ele usa uma tinta parecida com a que os índios pintam o corpo. A Ursa precisa primeiro ler na fumaça pra depois passar a história na tinta do homem branco. Por isso demora. A leitura na fogueira pode demorar muito tempo... Demora mais do que todas as baforadas do cachimbo da índia até se ele se apagá. Acontece que a Ursa tava lendo uma história na fumaça e começou a chover. O fogo foi se apagando antes da história terminar e a história se misturou na terra junto com a chuva e foi correndo para o rio. A índia teve de correr atrás dela antes que a história caísse nas águas do Negro. O Negro gosta muito de beber as histórias porque assim ele fica com mais sabedoria. Quanto mais negras as águas, mais sábio o rio. Num vão pensá que o negro do rio da Ursa é sujeira ou aquela coisa chamada "poluição". A cor escura das águas daqui é só sabedoria. Apesar da Ursa saber que tem outros rios da floresta onde o homem branco já jogou poluição. Puf ! Puf ! Esqueci que a história ia ser engolida pelo Negro quando a Ursa conseguiu ler as últimas palavras. Agora ocês vão ter de esperar a Ursa passar os sinais de fumaça para a tinta do homem branco... Puf ! Puf ! A lua já está no alto e a floresta está sumindo e aparecendo nos olhos da Ursa... Boa noite !

8 comentários:

Anônimo disse...

Ursa, agradeço seu interesse, mas confesso não saber ainda se vou me adaptar a esse tal blogpost. Tou tentando. Torce aí por mim. :)
Beijão. Puf! Puf!

Matilda Penna disse...

Bonita a imagem do Rio Negro beber as histórias.
Beijos e um bom fim de semana, :).

Alba Regina disse...

beber histórias...as pessoas atualmente querem mastigar...beber, sorver. eu aqui sempre aprendendo com vc querida. beijo!

Anônimo disse...

Minha querida,
quisera eu ter esse poder de beber histórias sairia por aí cuspindo tanta sapiência,seria divino!
Adorei..
lindo findi,
beijossssssssssss

Lucinéia, para o íntimos disse...

Oi, Ursa! As tuas histórias são sempre interessantíssimas. Beijo e bom fim de semana.

Daia disse...

Oi, amiga.
Ainda bem que você conseguiu recuperar a história e o Rio Negro não ser igual do Rio Jucu! Agora, esperaremos com paciência você colocar na tinta dos branos.
Beijos.

Angela Ursa disse...

Palpiteira, então, vou aguardar o seu período de adaptação ;)) Beijos!

Nanbiquara, que bom que você gostou da história. Você já tem essa sabedoria. Beijos! :))

Albinha, a pressa dos tempos modernos faz as pessoas engolirem sem mastigar ou degustar direito :)) Beijos!

Márcia Clarinha, acho que você já andou bebendo a água do Rio Negro porque escreve coisas muito bonitas! ;)) Beijos!

Luciane, lá na Floresta Antiga tem mais histórias da Ursa. Beijos!

Daia, pelo menos, nas histórias a gente pode salvar os rios da poluição ;)) Beijos!

Anônimo disse...

Rsss....
Inda bem que d. Ursa é ligeira né.....
Bjs.....