quinta-feira, 31 de maio de 2007

Bebê Xavante - Aiuté te nomro tsi õ to re. (Foto Laercio Miranda - Fonte)
Povo Xavante lança livro e pede reconhecimento de práticas tradicionais de saúde
(Monique Maia, da Agência Brasil)

Brasília - O parto por cesariana de mulheres indígenas motivou o povo da etnia Xavante a elaborar o livro Ai´Utedzapari´Wa Nõri Parteiras A´Uwê Xavante (aquela que recebe a criança) que reúne o conhecimento tradicional do povo Xavante e o registro cuidadoso de suas técnicas medicinais, alimentícias e ritualísticas.
O livro será lançado no Primeiro Encontro Parteiras Xavante, de 21 a 24 de maio, em Brasília. O evento será realizado pela Associação Xavante Warã, em parceria com a Coordenação Geral de Educação da Fundação Nacional do Índio (CGE-Funai), Área de Medicina Tradicional Indígena – Projeto Vigisus II - Funasa e Instituto Sociedade População e Natureza (ISPN).
De acordo com o representantes da Associação Xavante Warã, Hiparidi Top'tiro, o livro pretende ajudar na construção de politicas públicas voltadas para a saúde indígena. “É preciso construir políticas conforme a nossa realidade e com a nossa participação”, defende.
Top'tiro, que também coordena o projeto Valorização das Práticas de Parto Tradicional: Dieta Alimentar e Medicinal na Gestação e Parto, reuniu todas as informações para a elaboração do material. Segundo ele, o número de cesarianas triplicou entre as mulheres xavantes. “Isso tira o valor das parteiras, que em vez de praticarem o seu conhecimento estão sendo deixadas de lado”, adverte.
O índio Xavante aponta o livro como ponto de partida para o desenvolvimento de políticas públicas, mas reconhece que existe o risco em relação à patentes e à perda de tradições. “Sabemos que divulgando os nossos conhecimentos, existe um ganho e uma perda. A perda maior vai ser que os conhecimentos se enfraquecerão, se tornarão um conhecimento comum, e por conta disso haverá perda da questão espiritual, mas o resultado positivo será a politica pública”.
O presidente interino da Fundação Nacional do Índio (Funai) e diretor de Assistência Social da fundação, Aloísio Antônio Castelo, disse que a apresentação desses conhecimentos é importante para ajudar a combater o preconceito da sociedade em relação aos povos indígenas.
“Precisamos mostrar que esses povos são ricos culturalmente e precisam ser respeitados”.

12 comentários:

Kristal disse...

Querida amiga Angela Ursa, estou acabando de chegar do Mexico, onde fui jurada do concurso de Miss Universo. Infelizmente, apesar do meu voto, a nossa querida miss Brasil ficou em segundo lugar, perdendo para a magricela da miss Japão.
寂しい日々を埋めさせてください…。
うちの旦那は亭主関白で、帰ってきても「風呂・飯 ... para ela !!!!
Assim que vesti algo confortável corri até aqui, na sua belíssima floresta virtual para lhe dar um beijo, com toda a minha amizade.
Kristal

Angela Ursa disse...

Kristal, então, você estava no México para o concurso?! Que pena que a Miss Brasil não ganhou! Você sabe falar japonês? Mas é uma moça muito culta! :)) Beijos carinhosos da Ursa

Anônimo disse...

Ângela,
também sou completamenete a favor de que deve-se respeitar o tempo sempre, até para o próprio nascimento.Lamentável que pessoas não respeitem o tempo de cada um e pior, que não entendem nós mulheres temos uma natureza diferente.
Um abraço , até mais.

Anônimo disse...

Angela,
o bercinho do nenê xavante é muito gracinha.
Que coisa hein, nunca havia pensado nessa questão parto das indígenas. A proliferação de cesarianas já chegou lá também, na mesma proporção?
Bom fim de semana, beijos!

Maria Clarinda disse...

Maravilha a foto, e de post, mais coisas lindas que aprendi.Obrigada.Jhs mil

joshua disse...

Beijos.

Angela Ursa disse...

Janaína de Almeida, respeitar a diversidade cultural é muito importante. Beijos!

Gená, pois é, a cesariana também chegou entre os indígenas e mais uma vez as tradições deles estão ficando em segundo plano. Beijos!

Maria Clarinda, beijos floridos para você do outro lado do oceano :))

Joshua, retribuo os beijos! :))

joshua disse...

Pena que poucos vejam que há outros Hugos Chavez que jogam com semelhante medidas intolerantes, mas vão nas pontas dos dedos, imperceptivelmente.

;-)

Saramar disse...

Que coisinha pequenina mais linda do mundo!

Sou a favor do respeito às práticas indígenas, claro, principalmente por seu componente espiritual.

Boa iniciativa.

beijos, Ursa, e bom domingo.

Jôka P. disse...

Dona Ursa,
um beijo chuvoso pra você e todos os amigos e habitantes da sua floresta !

MC disse...

Deus te bendiga ahora y siempre y sigue con tu labor, sos una gran mujer luchadora

Angela Ursa disse...

Saramar, é lindo mesmo o neném e o bercinho. Beijos!

Jôka, os cariocas devem estar todos encasacados e encolhidos por causa do frio e da chuva, não? ;)) Beijos da Ursa da floresta gelada!

mc, muito obrigada pelas suas palavras! Beijos carinhosos da Ursa!