domingo, 22 de fevereiro de 2009

Índios no carnaval III Festival de Caboclinhos e Tribos Indígenas (em Recife) (Fonte das informações) Durante o roteiro do III Festival de Caboclinhos e Tribos Indígenas, que iniciou na rua da Moeda, passando pela rua Mariz e Barros e avenida Marquês de Olinda, até chegar ao Marco Zero, os foliões contemplaram os toques dos tambores e a dança contagiante de 20 grupos. Apresentaram-se as tribos indígenas Arapahós, Carijós de Camaragibe, Tupã, Tapuias Câmara de Camaragibe, Tabajaras, Canindé de Camaragibe, Cahetés de Goiana, Tupy, Canindé de São Lourenço, Tapuyas Canydé de Goiana, Taquaracy, Oxóssi Pena Branca, Tapirapé, Sete Flexas do Recife, Guaianás, Paranaguases, Kapinawá e Canindé do Recife. O encontro terminou com uma homenagem ao fundador do caboclinho Tapirapé, que é um dos sustentáculos da cultura indígena.

No meio de cada apresentação, uma mistura de gerações formava a identidade de cada grupo de caboclo. Sílvio Romero, conhecido com Silvinho, explica que os ensinamentos são passados de geração a geração. Ele, que tem três filhos, orgulha-se de poder continuar o costume herdado do pai. “A tribo Tapuias Câmara de Camaragibe, na qual coordeno, já está indo para a quarta geração. Meu pai, José Boaventura Borges, fazia parte da Tribo Indígena Kapinawá”. Silvinho explica também, que a rivalidade entre os “donos” de caboclinhos é constante, principalmente, quando a concorrência é com algum membro da família. “Tenho mais dois irmãos que montaram o seu próprio caboclinho, o que causou indignação na família e, conseqüentemente, brigas constantes. Nas apresentações, era um querendo dançar melhor do que o outro, agora, melhorou”.
A dança é parecida com um ritual, sendo apresentada em duas fileiras. Primeiramente, é feita a Guerra, onde todos os caboclos se preparam para a batalha. Depois, vem a Perré, significando uma adoração ao chefe da tribo. E, por último, tem o Baião, que apesar de lembrar um ritmo junino, é uma coreografia festiva. Todos são determinados pela mudança da batida. Mayara Rodrigues, de 10 anos, exibia os passos aprendidos nas aulas de dança. Segundo ela, a essa oportunidade oferecida pela Prefeitura do Recife é importante, pois valoriza a cultura indígena, que ainda é muito forte no interior do estado. “A sensação de ver as pessoas nos prestigiando é o que nos faz ter mais garra na hora de se apresentar”, completa a menina.

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