terça-feira, 9 de dezembro de 2008

Uma mulher ornamenta sua filha com grafismos feitos com genipapo, utilizando pincel feito de fibra de palmeira. Foto: Gustaaf Verswijver, 1991.
Os amigos rituais das crianças honradas na fase final de um ritual de nominação. Foto: Gustaaf Verswijver, 1991.
Depois de uma longa expedição na floresta, os homens chegam carregados, cada qual armazenando mais de 15 jabutis. Foto: Gustaaf Verswijver, 1991.

Kayapó
(Fonte: Povos indígenas no Brasil)
Os Kayapó vivem em aldeias dispersas ao longo do curso superior dos rios Iriri, Bacajá, Fresco e de outros afluentes do caudaloso rio Xingu, desenhando no Brasil Central um território quase tão grande quanto a Áustria, praticamente recoberto pela floresta equatorial, com exceção da porção oriental, preenchida por algumas áreas de cerrado. Sua cosmologia, vida ritual e organização social são extremamente ricas e complexas; assim como são intensas e ambivalentes as relações com a sociedade nacional e com ambientalistas do mundo todo.
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(Informações extraídas daqui)

Em cerimônias que duram por vezes muitos meses, é necessária uma quantidade enorme de carne. São então organizadas, três ou quatro vezes por ano, grandes expedições. Em princípio, as mulheres e as crianças acompanham os homens, deixando a aldeia abandonada. A cada dia, um novo acampamento é levantado na floresta, a alguns quilômetros do precedente. É de lá que os homens partem para a caçada.
Com exceção dos jabutis, toda a carne é comida na própria floresta. Somente os jabutis são conservados para o festim final. Na floresta equatorial não é fácil conservar grande quantidade de carne e, assim, os jabutis oferecem a alternativa mais simples: esses animais podem permanecer por muito tempo em vida sem comer nem beber. É bem verdade que o transporte torna-se problemático. Para carregá-los mais facilmente, os jabutis são amarrados lado a lado entre dois bastões de madeira. Tais estruturas trazem no máximo 15 jabutis e podem medir três metros de altura e pesar até 60 quilos. Não é tarefa fácil realizar esses caminhos pela floresta. Por conseguinte, os jovens partem todos os dias antes dos caçadores para fazer, com seus machados, um corredor através da vegetação. Os caçadores, cada qual com seu carregamento de jabutis, avançam lentamente pela floresta; eles não retornam à aldeia antes de reunir quantidade suficiente desse animal para organizar um banquete. Em geral, isso significa que é preciso encontrar 200 ou 300 animais, o que pode durar um ou mais meses.

6 comentários:

Janaina disse...

Eles comem os jabutis?
Sorry pela ignorância...
Amei as fotos.

Angela Ursa disse...

Janaina, acrescentei no tópico as informações sobre os jabutis e coloquei o link que fala sobre as atividades masculinas dos Kayapó. Beijos da Ursa :))

MARTHA THORMAN VON MADERS disse...

Aqui tudo é perfeito a natureza a paz, até a música faz bem ao coração. Amei!

Angela Ursa disse...

Martha, seja sempre bem-vinda! :)) Que bom que gostou da Floresta!
Abraços floridos da Ursa :))

greentea disse...

sempre interessante o teu blog!!

beijinhos

Angela Ursa disse...

Greentea, obrigada pelo apoio e pelo carinho. Beijos da Ursa :))