


Com Ciência - Houve alguma mudança na vida dos índios após as comemorações? Com Ciência - Segundo a organização do evento "Brasil 500 anos", houve uma renda de R$ 4,5 milhões, entre bilheteria e venda de catálogos, de um total de 1.883.872 visitantes somente na cidade de São Paulo. O Sr. foi informado se houve ou há algum projeto para que parte desta renda seja revertida aos indígenas? Com Ciência - Quando o sr. afirma que "os índios, tal como o conhecemos na sua cultura pura, não existirão mais", qual o aspecto mais relevante que o faz pensar assim? Dos 851.196.500 hectares do território brasileiro, as terras reservadas aos indígenas ocupam 104.367.993, ou seja 12,26%. Este número é suficiente? Além de outros fatores, isto influencia de que maneira na expectativa de vida indígena? Com Ciência - Marechal Rondon tinha como ideal em relação aos índios, o lema "Morrer se preciso for, matar nunca", que era seguido à risca por todos os integrantes da Fundação Brasil Central (FBC). Como o sr. vê este lema nos dias de hoje? Com Ciência - Em uma oportunidade, o senhor disse que após tantos anos vivendo na selva com os índios, de alguma maneira, o sr. se transformou em um deles. Então, será que o sr. poderia dizer qual foi o significado/ou sentimento que as comemorações do Redescobrimento do Brasil gerou nos indígenas? Tiveram motivos ou benefícios para festejar?
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Atualizado em 10/04/01 |
Os tigres da indonésia podem respirar mais aliviados, pois o governo do país desenvolveu um plano para proteger estes animais, que sofrem o risco de extinção. Segundo o ministro da floresta do país, qualquer pessoa pode “adotar” um tigre nascido em cativeiro, e ajudar com os gastos de sua criação. Para isso, basta contribuir com a quantia de 100 mil dólares. Dois exemplos de tigres que nasceram em cativeiro são os filhotes de dois meses Puji (macho) e Wati (fêmea), que aparecem na foto acima. Eles vivem cheios de mimos no Ragunan Zoo, em Jacarta.
No entanto, os ambientalistas do país criticam esta postura, e afirmam que o governo deveria priorizar a proteção dos 200 tigres que ainda vivem em seu habitat natural.
(Fotos: Romeo Gacad/AFP)
Jalapão possui uma paisagem de cinema. Repleta de cachoeiras, riachos e lagoas. Tudo isso pontuado por dunas de areia fina e avermelhada em meio à vegetação do cerrado. É sem dúvida um cenário perfeito para o turismo de aventura e esportes como rafting, canyoning e práticas verticais.
É um lugar a um só tempo atraente e rústico, pronto para ser conquistado. Seu nome nasceu de um hábito muito comum na região. Jalapa-do-brasil é uma planta nativa utilizada para curar males do estômago. Como tem sabor amargo, os habitantes costumam ingeri-la com um pedaço de pão. Daí a justaposição: jalapa-pão.
De todo modo, Jalapão impressiona pela grandeza: ocupa cerca de 20% do território do Estado de Tocantins. Chapadões de arenito, que alcançam mil metros de altura, dominam a paisagem. Aqui, dizem, o mar virou sertão.
Apesar de ostentar o título de deserto, a fauna movimenta o local: lobo-guará, veado-campeiro, ema, tamanduá-bandeira, onça-pintada e outras espécies da região se embrenham na vegetação típica do cerrado para fugir do sol inclemente, que acentua o clima seco, com temperatura sempre em torno dos 30ºC. A maior surpresa de quem se aventura aqui é constatar a abundância de rios perenes, com águas transparentes e ainda puras.
ATRAÇÕES:
Gruta de Suçuapara
Fenda de 60m de comprimento e 15m de altura aberta pela água em rocha arenítica, formando um pequeno cânion com cachoeira. Nas escarpas crescem musgos e centenas de samambaias. Estrada para Mateiros, 15 km.
Cachoeira da Velha
Duas quedas em forma de ferradura com 25m de altura e 100m de largura. Mesmo na estação de seca despeja grande volume de água no Rio Novo. Estrada para a Fazenda Triagro, 101 km.
Cachoeira do Lajeado
Sucessão de degraus por onde a água passa até formar uma queda de 10m e uma piscina natural. É preciso descer uma escada de pedras, algumas escorregadias. Estrada para a Fazenda do Chiquinho, 45 km.
Cachoeira do Brejo da Cama
Fica no meio da planície, em um buraco. Estrada para a Fazenda do Chiquinho, 50 km.
Dunas
Com vista panorâmica. Formação de enormes bancos de areia alaranjada com até 40m na base de um chapadão de 800m de altura na Serra do Espírito Santo. É resultado da erosão das rochas de arenito. Estrada para Mateiros, 136 km.
Fervedouro
Pequeno poço de água cristalina e morna, rodeado de bananeiras, com fundo de areia branca, que forma uma piscina natural de 8m de diâmetro. Está sobre um lençol freático que, ao lançar a água, forma bolha de ar na areia impedindo que o banhista afunde. Estrada para S. Félix do Jalapão, 192 km.
Cascata do Rio Formiga
Pequena queda em rio de água azul e cristalina. Estrada para S. Félix do Jalapão, 199 km.
Morro da Pedra Furada
Abertura na rocha, talhada pela erosão e ação do vento. Estrada para Pindorama do Tocantins, 31 km.
Turismo Aventura
Rafting no Rio Novo. Pouco explorado, tem pequenas cachoeiras e piscinas. Estrada para Mateiros, 120 km.
Fauna
Os animais mais observados são as onças, veados, capivaras, raposas, macacos e mamíferos de pequeno porte. Além das espécies de fauna comuns dos cerrados, vários exemplares em extinção são encontradas na região do Jalapão, caso específico do lobo-guará, suçuarana, veado campeiro e a anta. A avifauna regional conta com espécies como arara, papagaio, tucano, ema, seriema, quero-quero. Entre os répteis figuram sucuri, jibóia, cascavel, camaleão, teiú e muitos outros.
Em algumas tribos como a dos VAI-VAI (transamazônica) as mulheres tecem e usam uma tanga de miçangas. (Fonte das imagens e informações)
Quando li sobre o economista Mark Boyle, que neste mês completa um ano vivendo sem usar dinheiro, pensei logo nos itens de que eu sentiria falta se embarcasse em uma experiência semelhante. Em um artigo no Guardian, Mark contou que escova os dentes com uma pasta feita de conchas e sementes de erva doce, trocou papel higiênico por jornal velho, planta a própria comida e usa energia solar para carregar o notebook e o celular (que só atende ligações) trazidos da época em que ainda ia às compras. Ele estacionou seu trailer em uma fazenda inglesa de orgânicos (em troca de dias de trabalho) e resolveu ficar sem gastar nem um centavo por um ano para chamar atenção para questões ambientais: diz que o dinheiro é uma ferramenta que distancia o consumidor dos produtos, ocultando o impacto de cada compra. Mas, a julgar pelos comentários abaixo, deixados no site do Guardian, ele chamou a atenção também de pretendentes:
“Mark prova de uma vez por todas que você não precisa de dinheiro para ser sexy.”
“Podemos ver um vídeo dele cortando lenha ou algo assim?”
“Você quer casar comigo?”
Ao responder os comentários dos leitores (muitos deles o criticando), Mark deixou o seguinte recado: “E a todas as ofertas de casamento e sexo casual… Vocês poderiam ter ao menos deixado seus contatos. Apesar de eu não ter certeza de que suas mães me aprovariam. Não sou exatamente um bom partido.” Aparentemente a frugalidade radical, somada à foto de Mark sem camisa, atrai fãs sem medo da falta de papel higiênico macio ou da impossibilidade de comemorar datas especiais em restaurantes.
Você está vendo a noite como ela é vista de uma aldeia? Olhe para cima! Quantas estrelas! De tamanhos diversos! De distâncias diferentes! Os meus avôs sabiam os nomes de muitas estrelas e isto para eles era muito importante. A posição de cada uma delas determinava o tempo, o tempo de fazer roça, de pescaria, de caçada, anunciava o tempo de verão, tempo de chuva. O firmamento e as estrelas situadas em diferentes distâncias, diferentes tamanhos e seus movimentos é um livro aberto com muitas mensagens para quem sabe ler! Neste sentido eu sou analfabeto, pois não fui educado na academia da aldeia! Os meus avôs, os meus pais e meus parentes são mais conhecedores do que eu, neste campo! Uma explicação interessante de meus pais era essa: quando aparece a lua nova, às vezes, uma estrela está bem próxima da lua. A explicação que os meus pais me davam era a de que duas pessoas humanas estavam para casar, logo, logo; outra vez a estrela aparece um pouco afastada da lua. Neste caso, diziam que havia pessoas que se amavam, mas não intensamente e que demoraria a sair o casamento. A partir destas explicações dava para entender que o ser humano e as constelações se comunicam. O cosmo possui suas linguagens com as quais se comunicam com os seres humanos e seres vivos. Os humanos e as estrelas interagem!
Olhe para cima e tente entender! Os meus avôs eram sábios e conhecedores! Eram cientistas! Ninguém pode dizer que os índios não conhecem nada. Conhecem e conhecem bem muitas coisas! Eles conheciam o mundo muito melhor do que as novas gerações. É impossível entender tudo! Entendemos bem pouco destas constelações e suas linguagens.
Falando da importância de uma aldeia Tuyuka quero falar para você sobre a importância dos anciãos e eles de noite meditam, pois para eles a noite é fonte de inspiração, de previsão do dia seguinte, é o melhor momento para avaliar o que se passou durante um dia. As coisas que já aconteceram, talvez nunca mais voltem! Se voltarem, serão com formas e intensidades diferentes. Os acontecimentos passados deixam muitas lições para as nossas vidas, lições que podem servir para o dia de hoje e para os dias futuros. Eu acredito muito mesmo que cada um de nós é aquilo que é e que tem por causa do passado. Os nossos avôs construíram muitas riquezas e nós somos herdeiros delas. Os anciãos ficam sentados no escuro. Na boca da noite eles se juntam na casa de um dos anciãos para conversar. Enquanto conversam mascam o ipadu e fumam o cigarro. São elementos que os leva para os outros níveis de pensamentos sobre a vida humana. Eles conversam sobre funcionamento da casa, os trabalhos das roças, a procriação, o andamento da aldeia, os relacionamentos com as pessoas de outras culturas, indígenas e não-indígenas. Assim é que eles vão aprofundando o sentido da existência humana. As ações tuyuka resultam de reflexões realizadas pelos anciãos. Os anciãos com os seus sensos apurados refletem sobre o futuro de todos os homens e as mulheres da aldeia. Os nossos anciãos são os nossos protetores, seres divinos. A força divina atua através da presença de anciãos: fortes, às vezes enfraquecidos, desgastados, encurvados pelo peso do trabalho, adoentados, deitados na rede ou sentadinhos ao lado do fogo, meio sujos, olhando para baixo, como se estivesse dizendo: estou para voltar à terra para tornar-me terra novamente! Tornar-se terra para fazer frutificar os trabalhos dos filhos e netos! Os anciãos com as sabedorias adquiridas pelas experiências ao longo de vários anos transitam pelos diversos mundos que circundam o ser humano. Eles sobem no patamar de cima, descem no patamar de baixo, percorrem pelos quatro cantos do universo, do sol nascente ao poente, do leste ao oeste. Os quatro cantos simbolizam quatro portas. Por uma dessas portas entramos para nascermos nesta vida e por uma delas sairemos para ir para outro mundo, essa saída será a nossa morte. A vida é algo que veio trazida de fora e entregue ao homem e a mulher. Por isso, durante a vida os anciãos com seus benzimentos criam uma estabilidade humana dentro deste espaço a que eu me referia acima. Quantas sabedorias carregam nossos anciãos! Cada ancião é uma biblioteca, impossível de ser lida. De uma biblioteca só conseguimos ler algumas obras, de preferência do nosso gosto. Assim são os nossos anciãos, deles só conhecemos algumas coisas. Muitas coisas vão embora com eles quando eles deixam de viver neste mundo. Quantas coisas nós já perdemos. Estas sabedorias não são coisas que cavando os túmulos podemos trazê-las de volta para os nossos dias. Todas estas sabedorias são bens imateriais, invisíveis. Por isso que são importantes os rituais, as cerimônias de cantos e danças, pois através deles, algumas pessoas recebem, por revelações, os saberes de nossos antepassados [cantos, discursos, danças, ritmos, benzimentos...]. Mais do que isso, algumas crianças, principalmente netas de sábios desde o momento do nascimento já são preparadas. Também, os pais devem se cuidar bem de suas próprias vidas e da de criança, pois assim a criança, através dos sonhos receberá conhecimentos de seus antepassados. Quando se tornar adulto será um pajé, benzedor, mestre de canto e danças, etc. Desta maneira é muito importante a responsabilidade dos pais sobre os seus filhos. Você está compreendendo qual é o sentido do ancião na cultura tuyuka? Um dia nós, também, tornaremos anciãos. Será que estamos nos preparando para sermos anciãos sábios? Aqui na aldeia tornar-se ancião é tornar-se sábio, conhecedor do mundo, da vida, do além-vida, etc. Tornar-se ancião é tornar-se apaziguador, pessoa de equilíbrio, pessoa que benze para defender a vida. O ancião sábio benzedor é salva-vida, curador, mestre da vida. As práticas de sua vida testemunham o valor de sua vida, vida das pessoas, vida de diferentes povos. O ancião sábio não provoca brigas, mas é aquele promove a paciência, paz, harmonia, equilíbrio, reconciliação.